Avanços médicos têm sido feitos através do estudo das células estaminais. No entanto, a sua pesquisa tem gerado polémica e controvérsia.
Para quem desconhece, as células estaminais, também conhecidas como células-mãe, são aquelas que dão origem a todos os tecidos que compõem o organismo de um ser humano adulto. Inicialmente, as células estaminais do embrião diferenciam-se de todos os tipos de células existentes no organismo. No entanto, ao longo dos estágios de desenvolvimento do embrião, estas convertem-se em células da pele, do fígado, do cérebro, do cabelo, enfim, de todos os órgãos.
Devido à sua capacidade renovadora e regeneradora de tecidos, estas células têm uma enorme potencialidade benéfica para a saúde humana. Existem cientistas que afirmam ser mesmo possível curar doenças como o Alzheimer, Parkinson, diabetes crónica ou lesões na espinal medula através da utilização destas células.
Até ao momento, foi confirmado que apenas existem células estaminais no cordão umbilical, placenta, medula óssea e nos embriões. As primeiras três são consideradas células estaminais adultas que possuem determinadas limitações, quando comparadas às células embrionárias. A utilização destas últimas tem sido alvo de polémica devido à necessidade de destruição dos embriões para a extracção das mesmas.
A Favor e Contra
Muitos cientistas sustentam que os embriões concebidos para este fim não são ainda seres humanos, uma vez que não chegam a ser implantados no útero. Contudo, existem aqueles que defendem a vida desde a sua fase inicial e que se opõem vivamente à utilização destas células. Como tal, existem muitos países onde a investigação nesta área ainda se encontra proibida ou simplesmente inactiva.
Porém, existem países que aprovaram a utilização das células estaminais embrionárias para pesquisas científicas. Nos EUA já se iniciaram testes em humanos para corrigir lesões na espinal medula, após se ter alcançado resultados positivos em experiências com animais. O Canadá e a Suíça também se encontram a realizar estudos muitos promissores.
As potencialidades nesta área são imensas apesar do seu dilema moral. A questão que se coloca é a seguinte: até onde é que estamos dispostos a ir para alcançar avanços científicos? E mais importante ainda: posso condenar esta pesquisa, mas... e se o beneficiado fosse eu ou um ente querido?
E um pouco de comédia...