Há mais de quatro meses que os protestos no mundo árabe têm sido alvo dos media internacionais. Embora a origem deste conflito e os seus efeitos secundários imediatos tenham sido debatidos nos diversos meios de comunicação, as suas consequências a médio e longo prazo podem vir a ser alarmantes.
A primeira grande onda de protestos democráticos do mundo árabe foi um resultado do processo de globalização associado às duras condições de vida da população e à actual crise económica mundial. Os aspectos mais reinvidicados pelos manifestantes incidiram na injustiça social, fruto da corrupção dos governos; na insuficiência e deficiência das infra-estruturas civis; no aumento do desemprego e na subida do preço das matérias-primas.
Um dos pilares fundamentais que desencadeou e coordenou esta iniciativa foi o acesso à informação através da Internet, nomeadamente pelas redes sociais, como o Twitter e o Facebook.
Contudo, assim como esta revolução foi efeito da globalização, os seus efeitos negativos também se sentem a nível global. A subida do preço do petróleo foi o primeiro reflexo da instabilidade no mundo árabe que afectou directamente a vida da população mundial. O facto dos EUA, da NATO e de outras instituições políticas analisarem e começarem a intervir neste assunto demonstra a sua importância e a possibilidade de um agravamento do mesmo.
Porém, a próxima geração interroga-se sobre o futuro destas regiões (e do próprio mundo): presenciamos uma emergência de economias altamente competitivas? Uma possível nova ordem mundial? Uma "ocidentalização" do mundo árabe? Um agravo da crise económica? Sociedades em ruptura? Conflitos regionais? Ou temida subida ao poder de governos fundamentalistas que incentivem o fanatismo e o terrorismo?
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